É cada vez mais comum o transporte de animais em automóveis. Os amigos peludos já estão inseridos na rotina das famílias - vão tomar banho, passear, viajar. Porém, levar o cachorro ou gato solto dentro do veículo, além de colocar em perigo a vida do pet, representa risco à integridade física dos demais ocupantes - e também pode machucar o bolso do motorista, afinal, tal prática, de acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), é infração média e resulta em quatro pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 85,13.
Segundo o engenheiro mecânico Denis Martins Rodrigues, que já trabalhou em uma das principais fabricantes de cintos de segurança do País, em uma colisão automotiva a 50 km/h, um cachorro de apenas 2 kg - ou qualquer outro objeto - pode gerar uma força de impacto 20 vezes maior.
"Para se ter uma ideia, basta imaginar que um impacto a 50 km/h é como cair de um prédio de três andares", revela o especialista, exaltando o fato de o animal poder causar fraturas graves em um dos ocupantes do veículo, caso os atinja.
Para reduzir ao máximo qualquer possibilidade de acidente mais grave, o ideal é que os animais utilizem cinto de segurança próprio para eles, ou mesmo as caixas de transporte. No entanto, os proprietários dos pets devem prestar muita atenção com relação à qualidade dos equipamentos, pois há muitos que não respeitam as normas de segurança.
Adriana Pasqualini, moradora de Santo André e dona de três cachorros é um exemplo a ser seguido. "Meus cães são meus melhores amigos, não posso permitir que nada aconteça com eles. Ou estão em caixas de transporte ou em cinto de segurança", garante.
Recentemente, Adriana sofreu um acidente de carro e precisou ser transportada de ambulância para o hospital. Um de seus cachorros, que estava no veículo, nada sofreu.
Foto: Marina Brandão
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